Parece que Luiz Gonzaga estava coberto de razão quando, em 1953, brincou com a história de um pai que acredita que a filha está adoentada quando, na verdade, o problema era que a menina só pensava em namorar. Estudos do século XXI provaram que o amor pode, sim, fazer com que alguém adoeça de verdade.
No livro "Free Fall: A Late-in-Life Love Affair" (em tradução livre "Queda Livre: um caso de amor que chegou atrasado"), a autora, Rae Padilla Francoeur, de 63 anos, relata como uma paixão da terceira idade a deixou fisicamente instável. "Eu estava mais feliz do que nunca emocionalmente, apesar de não conseguir comer, e me sentir trêmula o tempo todo", lembra ela. E uma visita ao médico foi suficiente para diagnosticar uma infecção urinária bem severa. Tudo fruto do amor.
Não é novidade que diversos neurotransmissores entram em atividade quando nos apaixonamos, e esse "coquetel" de emoções acaba servindo como uma anfetamina para o nosso organismo. "Se apaixonar afeta seu cérebro como se você estivesse fumando crack", afirma Ethiele Ann Vare, autora de "Love Addict" ("Viciado em Amor", em tradução livre), que pesquisou os efeitos reais do amor, e seus "efeitos colaterais".
Todo mundo já sentiu - ou vai sentir - as mãos suadas, pernas bambas, boca seca, e o coração acelerado. Mas essa "doença do amor" é uma fase passageira. Afinal - se a relação for para a frente - todo aquele fogo e insegurança do início de uma paixão, acaba se tornando um amor mais maduro e tranquilo.
Sintomas:
Insônia - Ter dificuldade para dormir é um efeito do excesso de dopamina e norepinefrina. "Você fica acelerado", afirma a Dra. Helen Fischer, chefe de pesquisas sobre amor na Universidade de Rutgers. "É por isso que você fica ruborizado, consegue caminhar por horas, ou não vê o tempo passar", explica ela.
Não consegue comer - Ter vontade de comer, mas não conseguir colocar nada na boca também é relativamente normal. A psicóloga Dorothy Tennov afirma que essa "fase louca" explica porque ligamos menos para nosso trabalho, família e amigos quando nos apaixonamos. E não conseguimos fazer nada para melhorar isso, porque simplesmente nosso novo parceiro sacia todas as nossas necessidades. Felizmente, essa "fase" só dura de 6 meses a dois anos.
Falta de concentração - Quando nos apaixonamos, tudo o que se passa pela nossa cabeça é ele. O amor romântico torna-se quase uma obsessão. Você consegue se focar bem nos seus pensamentos, mas só no que for relativo a ele. Tudo por causa dos tais neurotransmissores enlouquecidos de paixão.
Coração apertado - A pressão no peito geralmente é um sintoma relacionado ao pânico. Mas um estudo da Dra. Helen Fischer comprovou que quando estamos apaixonados uma das partes do cérebro que entra em atividade é a mesma que se ativa com o medo.
Frio na barriga - Quase todo mundo sente aquele arrepiozinho e um frio na barriga quando alguma coisa importante está prestes a acontecer. Se apaixonar é importante, pelo menos para a natureza. Helen explica que esse "enjoo" é o mesmo em qualquer situação importante. Isso é um resultado da liberação de dopamina, norepinefrina e cortisol na corrente sanguínea.
Jakisses!!!
Fonte: Bolsa de Mulher
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
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