terça-feira, 16 de abril de 2013

A polêmica de Nicole Bahls - O limite que o "Pânico" desconhece

Hey pitchuletes amadinhas. Hoje quero deixar meu depoimento sobre uma polêmica que me enojou.

Infelizmente, não tem como ficar neutro em relação ao acontecido com Nicole Bahls no dia 11/04, referente sua polêmica com Gerald Thomas (se você não sabe o que aconteceu, clique aqui). O que mais me assusta não foi o ocorrido em si, mas a audácia do Programa Pânico em defender  uma violência contra o corpo feminino. Emílio Surita gritou aos quatro ventos que não estavam apoiando nenhum tipo de violência, mas ao encarar uma agressão sexual como brincadeira, sendo que a mesma não foi permitida pela vítima, é culpabilizá-la, uma degradante e costumeira atitude da sociedade em relação às mulheres: a de culpá-las pela violência sexual. Aposto toda a minha credibilidade que, se ocorresse o mesmo com Sabrina Sato ou até com a esposa do próprio Emílio, o ocorrido seria encarado de forma diferente (com direito a B.O. e processo).



Mas qual a diferença de Nicole Bahls e Anne Luyet (Pepela)? O desrespeito pode ocorrer com Nicole porque ela é gostosa e anda por aí de vestidinho curto. Porque ela é ex panicat e já saiu pelada na revista, e isso a pré define como vagabunda. Porque o sobrenome dela lembra SACO (TESTÍCULO) em inglês, e isso a banaliza e sexualiza. Porque o Pânico é um programa de humor (do qual Pepela não é integrante) e isso dá livre acesso da mão de famosos às prexecas das belas moças de bunda de fora. Foi o que Gerald Thomas argumentou quando questionado. Ele disse que, claro, a culpa era DELA. Nicole chegou semi nua, rebolando, porque mulher não é objeto mas Nicole se comporta como tal. 

É na argumentação de  Gerald que todo o circo defensivo armado pelo Pânico cai por terra. Diferente da "brincadeira" que o Pânico alegou ser, Gerald Thomas disse que meteu a mão mesmo porque Nicole facilitou.

É esse o limite que tanto os machistas como o Pânico desconhece. Eu não estou aqui pra julgar panicat, biquine nem bunda de fora. O corpo de cada mulher é dela, e se ela quiser vender a imagem dele, tem todo o direito. Mas de vestidinho curto, semi nua, de biquine ou PELADA, o corpo continua sendo da Mulher, e homem NENHUM tem livre acesso a ele SEM a permissão da mesma. Nicole podia estar arreganhando a bunda em cima da mesa, que Gerald Thomas não tinha o direito de tocá-la. Preceitos morais de uma sociedade deturpada que culpabiliza a vítima das agressões sexuais tem que deixar de ser levados em conta. O corpo é da Nicole, e emprego nem brincadeira nenhuma diminui a gravidade do crime cometido pelo diretor. 

Sabemos muito bem que o Pânico tem mania de diminuir as mulheres, expondo-as como objetos sexuais. Se as mesmas permitem, é problema delas. Mas vendo a Nicole ofendida e confusa, sem saber se podia se defender, e sendo influenciada por uma cúlpula machista a não se demonstrar horrorizada e levar na brincadeira me deu nojo. Nojo principalmente da forma como Emílio Surita colocou Renatinha contra a parede para que a mesma se sentisse culpada também de achar errado um homem meter a mão no orgão sexual feminino de uma mulher sem permissão. O corpo é da pessoa que o possui, e o limite é ditado por ela. Brincadeira nenhuma justifica uma agressão. E não há matéria sensacionalista nenhuma que vai me fazer encarar o ocorrido como brincadeira, e nem achar normal já que Nicole Bahls é taxada de vagabunda graças a um programinha de merda como esse.



Ao Pânico na Band e à Emílio Surita, meu sincero FODA-SE. Espero de coração que um dia SEU corpo seja violado para que você entenda de uma vez que brincadeiras tem limite. Um limite que o Pânico nojentamente desconhece.

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