VERDADE: o uso de calças jeans muito apertadas podem dificultar a adequada aeração da região genital e causar problemas na região. "Isso, sobretudo nos climas mais quentes, pode causar desconforto perineal pelo aumento da transpiração local, o que pode aumentar a ocorrência de dermatites nessa região e corrimento", afirma Andréa da Rocha Tristão, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Unesp.
2- É necessário passar o fundo da calcinha ou ferve-la para evitar doenças.
PARCIALMENTE VERDADE: não é preciso ferver a calcinha para evitar doenças, mas passá-la pode ser uma boa ideia. Mas, se for a primeira vez que for usar a calcinha, é melhor lavá-la antes, Além disso, existem outros cuidados especiais que se pode ter com as peças íntimas. "Usar sabão o mais neutro possível, evitar misturar com outras roupas, passar a ferro (ao menos o fundo da calcinha), e deixa-la em um local arejado para secar", recomenda Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
3- Calcinhas não devem ser secas no banheiro.
VERDADE: muitas mulheres têm como hábito lavar a calcinha durante o banho. O problema aí não está na lavagem, mas, sim, na secagem: "Se for lavar a calcinha durante o banho, não a deixe pendurada no banheiro, pois é um lugar úmido que favorece a proliferação de fungos. Logo ao terminar, leve-a a um local arejado para secar", explica Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
4- O sabonete íntimo é igual ao sabonete comum.
MITO: a diferença principal entre o sabonete comum e o íntimo está no pH: o comum tem um pH neutro, enquanto o íntimo tem um pH ácido. Isso faz com que os sabonetes íntimos tenham um grau de acidez semelhante ao da região genital, reduzindo as chances de irritação na vagina.
5- Absorventes perfumados podem provocar alergia.
VERDADE: os produtos utilizados para deixar o absorvente perfumado podem causar irritação em algumas mulheres. "Naturalmente, não é toda mulher que terá alergia, mas especialmente aquela com sensibilidade maior. Assim, quanto menos perfume houver, melhor", diz Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
6- Calcinha de algodão é melhor do que as com tecidos sintéticos.
VERDADE: isso pela simples questão de facilitar a aeração do períneo. "As calcinhas 100% algodão facilitam a evaporação da umidade local, colaborando para manutenção do equilíbrio da região genital", afirma Andréa da Rocha Tristão, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Unesp.
7- Lencinhos umedecidos para a região íntima podem ser usados todos os dia.
MITO: apesar de práticos, não é recomendável a utilização diária dos lencinhos umedecidos para a região íntima, pois podem causar irritação e coceira. O melhor é deixá-los na bolsa e guardá-los para uma situação de emergência
8- Dormir sem calcinha ajuda a prevenir infecção vaginal.
VERDADE: a vagina é um local úmido que precisa de ventilação. Como no dia a dia é comum as mulheres usarem calças jeans e roupas sintéticas, a região não tem uma ventilação ideal. Resultado: a vagina fica abafada, facilitando a proliferação de bactérias e fungos. Assim, para prevenir irritação, ardência e infecções, por exemplo, é recomendável que se durma sem calcinha com a maior frequência possível. Também é importante evitar lingeries apertadas!
9- Absorvente interno pode provocar cólicas ou ferimentos.
MITO: por ser de uso interno, muitas pessoas têm receio de utilizar esse tipo de absorvente. Mas a verdade é que são seguros e confortáveis. "Se usado corretamente, o absorvente não tem como provocar atrito, ferimento e muito menos cólica. Entretanto, se usado numa posição muito baixa (abaixo do "anel" muscular da vagina), ele incomoda muito e pode, sim, levar a lesões da mucosa vaginal", explica Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
10- Coceira vaginal é normal.
MITO: coceira vaginal nunca é normal! Ela pode indicar uma série de problemas, como alergia, DSTs, processos irritativos por algum produto externo, parasitoses, infecção por HPV e doenças como psoríase e dermatites. Por isso, é importante investigar.
11- Usar papel higiênico perfumado causa irritação.
VERDADE: tanto o perfume como a tinta do papel higiênico podem agredir a mucosa vaginal e irritá-la, especialmente em mulheres que tenham mais sensibilidade. E isso pode causar problemas como ardência, coceira, dor ao urinar e dor na relação sexual. Assim, o mais indicado é escolher os papéis brancos e sem perfume.
12- Ficar com o biquíni molhado por muito tempo causa corrimento.
VERDADE: "Usar um biquíni molhado por muito tempo pode causar mais frequentemente irritação na vulva e nos genitais externos, principalmente na região da virilha", aponta Andréa da Rocha Tristão, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Unesp. Isso porque a umidade favorece a proliferação de fungos e bactérias.
13- Protetor de calcinha pode ser usado diariamente.
MITO: muitas mulheres acreditam que o protetor de calcinha é uma ótima opção para se manterem secas e confortáveis. Mas a verdade é que o protetor, quando usado diariamente, deixa a região da vagina mais quente e úmida. "Isso favorece fungos e bactérias, além de diminuir as defesas vaginais. Como alternativa, o ideal é trocar de calcinha durante o dia", afirma Alessandra Bedin, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
14- Os pelos pubianos devem ser aparados regularmente.
VERDADE: para manter a
higiene, os pelos pubianos devem ser aparados de vez em quando, mas não
com muita frequência, pois eles são um importante mecanismo de proteção
dos genitais. "Eles devem ser aparados para não dificultarem a adequada
aeração perineal, mas também não tanto que prejudique a proteção da
região", explica Andréa da Rocha Tristão, professora do Departamento de
Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Unesp.
15- Um fluxo que passa a ser muito intenso ou com maior duração pode ser
indício da presença de um mioma.
VERDADE: a intensidade e a duração do
fluxo pode variar de mulher para mulher e até mesmo de ciclo para ciclo.
Mas se a mudança é muito intensa, ou então se torna frequente, é
preciso atenção, pois pode sim ser sinal de mioma ou ainda de outros
problemas. "As mudanças devem sempre ser levadas ao conhecimento do
ginecologista para melhor elucidação diagnóstica, muitas vezes com a
necessidade de exames complementares", recomenda Andréa da Rocha
Tristão, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da
Faculdade de Medicina da Unesp.
FONTE: UOL