terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma Namorada que Pensa (e não é em vc!)

Era pra ser tudo lindo, como se fosse uma bolha rósea e lisinha, cheia de coraçõezinhos dentro alimentando o nosso amor perfeito. Era pra a gente se dar beijinho de esquimó, daqueles com o nariz, sabe? Era pra andar de mão dada no sol, tomando sorvete, dando risada de umas histórias bobas, rindo da vida, rindo só pra mostrar ao mundo que a gente se ama. Era, mas não foi assim, por que, né, não sou criança…
O problema é que nesse mundo de gente que não se basta, gente que não se completa, você escolheu uma mulher completa. Uma daquelas raras que não precisam de um pedaço, que não sentem vazio, que não estão procurando uma alma gêmea. Você escolheu uma mulher que queria um parceiro, não um remendo. E aí fodeu tudo.



Eu esperava hombridade, esperava atitude, esperava alguém comigo, no front de batalha, no vão da dúvida, se esgueirando no parapeito do cagaço e rindo de tudo no final. Não esperava alguém inseguro, alguém que não sabe o que quer de uma relação que tinha tudo para ser o filme do ano das nossas vidas. Será que eu me enganei na hora de juntar as nossas almas? Será que a gente não era tão parecido assim? Será que as nossas diferenças cresceram junto com o tempo que passou?
Se é pra trepar eu trepo com qualquer um. Hoje em dia tá difícil encontrar homem sem pau, todo mundo tem um. Se bobear, chamo umas amigas e elas quebram meu galho do mesmo jeito, caso eu esteja pouco atraente pro mundão lá fora. Não é só sexo. Eu gosto do sexo, mas queria gostar também dos seus planos, queria me apaixonar pela genialidade dos seus projetos, pelas suas ideias, queria achar que você me acrescenta alguma coisa, queria me sentir dividindo, não só somando.
O problema é que no turbilhão da rotina, a vida corrida, os compromissos iguais, os mesmos encontros, os mesmos horários, não deu pra perceber a merda em que a gente se meteu. Enquanto eu estou vivendo a nossa vida eu não percebo o quanto somos repetitivos, o quanto somos os mesmos de alguns anos atrás, o como não evoluímos em nada. A gente estagnou na mesma vidinha mamão com açúcar do começo.
Você sempre me dizia que as suas ex-namoradas ficaram arrasadas quando vocês terminaram. Que elas diziam que tinham um namoro perfeito, que não entendiam o motivo do fim e, no fundo, era só você que estava de saco cheio. Seu período invicto acabou. Parabéns, você está curtindo o primeiro término de namoro que você não desejou. O primeiro fim que você não esperava, a primeira vez que foi pego de surpresa.
Sabe qual é o problema? É que eu não sou burra. Não fui criada pra esperar príncipe encantado, dar beijo em sapo ou coisa que o valha. Nem fui tutelada pra ser submissa às vontades de ninguém. O problema de tudo isso é que, dessa vez, você escolheu uma mulher que pensa. E eu penso o tempo todo, pro seu azar. É isso.



Para pensar: será que vale a pena continuar com uma relação onde o cara não te acrescenta nada?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário:

D1U de prata: Minha experiência

Hey ho, Pitchuletes amadinhas! Hoje vamos conversar um pouquinho sobre o DIU de prata. Na última postagem eu contei para vocês como foi a mi...