segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Indecisos - Casa ou não casa, caramba!!!

Quando um namoro é muito longo é comum escutarmos: ou casa logo ou é separação na certa. É o famoso "ou vai ou racha". Os homens ficam em eterna dúvida, fingindo que não é com eles. As mulheres empurram a decisão com a barriga e torcem para que o pedido de casamento venha no melhor estilo Hollywood. Mas... chega uma hora que não dá mais! Se um dos lados está em dúvida sobre o que fazer no futuro a dois e a história vai acontecendo sem cenas emocionantes, tome cuidado para não ficar sem final feliz.

Foi o que aconteceu com a jornalista Juliana Resende. Ela namorou durante oito anos e tudo conspirava a favor da troca de alianças: já tinha um armário na casa dele, a sogra a adorava (isso conta muito!) e as famílias estavam na expectativa. Faltava o mais importante: o noivo. O namorado? Fingia que nada estava acontecendo. "Certa vez, perguntei se ele não pensava em se casar. Ele respondeu que um dia poderia pensar nisso, mas que 'não por enquanto'. Nesse momento, deixou bem claro que não estava nem aí. Fiquei arrasada, pois o nosso namoro já tinha um bom tempo. Nos dávamos muito bem em todos os sentidos. Éramos companheiros, amigos, confidentes e amantes. Tinha tudo para ser um bom casamento", lamenta.



Dúvida cruel

Juliana começou a perceber que estava sendo enrolada quando seus amigos, que tinham menos tempo de relacionamento, começaram a ficar noivos. "Ele me dizia que tinha que terminar a faculdade, fazer pós-graduação e aí depois pensaria nisso. Dava como exemplo o casamento do irmão, que casou cedo e acabou enrolado em dívidas, tendo que recorrer à mãe. Hoje sei que foi pura enrolação, podíamos esperar os estudos dele com, pelo menos, um compromisso de noivado", relembra. Juliana tomou coragem e terminou o relacionamento. "Não dá para ser enrolada a vida toda, não é?", questiona.

Sensação parecida sente a nutricionista Cátia Borges. Em longos dez anos de relacionamento, o namorado ainda não deu pistas se vai ter ou não casório. Acostumada com a relação, ela tem medo de conversar com Jonas sobre o assunto. "Tenho medo do fim, de não encontrar ninguém depois de velha", exagera ela, que tem 31 anos. As amigas mais próximas já estão casadas e não se conformam com a situação de Cátia.

Teoricamente não há empecilhos para subirem ao altar. Ambos têm condições financeiras favoráveis e o relacionamento é maduro. "Sei que existe amor. Mas não sei se ainda existe um frio na barriga, aquela coisa da paixão. Ele é indeciso até na escolha do restaurante. Eu tomo as rédeas e decido tudo, mas falar sobre casamento... se conversarmos sobre isso, tenho certeza que ele vai alegar que ainda tem muita coisa para fazer antes de casar. Perdemos boa parte da nossa juventude juntos. E se ele quiser coisas novas, o que eu faço?", questiona.

Ai, que medo!

De acordo com Andrea Cavalieri, psicóloga do Espaço Criar-se, no Rio de Janeiro, qualquer mudança, principalmente aquelas que revelam uma transformação de ciclo na vida, como o casamento, ter um filho e separação tendem a ser complicadas. "A tomada de decisão implica em administrar o novo. Ao mesmo tempo em que o novo é desejado, ele é ameaçador. Você vai sair da sua zona de conforto, de coisas que você tem domínio para uma realidade totalmente diferente. Isso é muito difícil", explica.

"Em um relacionamento, não lidamos apenas com o amor. Existem outros sentimentos envolvidos: apego, ciúme, egoísmo. A maioria das pessoas não sabe lidar com isso tudo junto", continua. O medo, segundo Andrea, tem a capacidade de paralisar. Não permite fazer escolhas e, pior, potencializa a tendência de ver tudo pelo lado negativo. Com esse sentimento, as pessoas pensam em tudo o que não pode dar certo com a escolha e esquecem-se o que de bom pode vir a acontecer. O diálogo do casal é importante para que seu companheiro se liberte das dúvidas e recupere a autoestima.

Encarando a situação

Se mesmo tentando de tudo ele ainda permanece em cima do muro, é hora de ter uma conversa séria. Para Andrea, antes de colocá-lo no paredão, é bom ter certeza do que realmente quer, afinal, você vai ter que bancar qualquer resultado dessa tomada de atitude. Ele podem ficar intimidado e cair fora. "A mulher deve ser honesta com o homem. Em uma relação de muito tempo, essa atitude não é pressionar e, sim, avaliar a relação. Ela deve ter em mente que corre riscos, mas o que é melhor para ela? É preciso verificar o risco-benefício de uma atitude. Ela topa ficar mais tempo vivendo como está vivendo? Como quer estar daqui a cinco anos?", enumera a psicóloga.

Foi essa avaliação que Juliana fez e garante: não se arrepende. E ainda dá a dica para quem está vivendo esse dilema. "Acordem antes que seja tarde. Muitas vezes nos fazemos de cegas e acabamos sofrendo mais do que eles. Se você sentir que não vai dar samba, fuja para a lambada, mas não fique parada esperando um milagre do céu. Você descobre com o tempo que fez a melhor opção", conta ela, que curte, feliz, a sua solteirice.


Creditos a Bolsa de Mulher

Jakisses!!!

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