segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Solteira convicta: por opção ou desilusão?

Chegamos e deixamos sozinhos este mundo. Ainda assim, acreditamos que a vida deve ser aproveitada em parceria. Já na infância surge o interesse pelo sexo oposto. Na adolescência, esse sentimento aumenta e lutamos para ter alguém especial do nosso lado, dividindo carinhos, atenção e boas experiências.

Com o passar dos anos, nos envolvemos em relações platônicas, breves, fulminantes. Seguimos nesse caminho até encontrarmos o que chamam de "verdadeiro amor". No meio do percurso, é normal sofrermos desilusões e, mesmo que momentaneamente, perdermos o interesse de nos envolver com outra pessoa. Para alguns, esse "tempo" pode significar o resto da vida, pois eles decidiram desistir da "busca" para ficarem sozinhos.

A solidão, portanto, pode ser entendida como uma opção, porque não há o interesse de encontrar um parceiro estável, e essas pessoas preferem privilegiar outros aspectos da vida. Outros solitários, por sua vez, pensam que o amor não lhes serve e daí aplica-se o ditado "antes só que mal acompanhado".

Vanessa tem 33 anos e um trabalho estável, que lhe permite atender a maioria de suas vontades. Há dois anos está solteira e diz que prefere seguir assim. "Tenho meu esquema de vida armado, não posso depender do que outra pessoa me diz. Não creio que volte a ter um relacionamento estável. A menos que seja da porta para fora, pois me acostumei com a minha independência", explicou.

A única coisa que lhe incomoda é o fato de suas amigas estarem sempre em busca de uma companhia para ela. "Prefiro amores ocasionais. Não gosto de viver dependente, prefiro a liberdade de não ter a necessidade de dar explicações a quem quer que seja", completa.

Solteirões estão em moda
A psicóloga Thamar Álvarez Vega ressalta que todas as opções que levam a felicidade são válidas e que viver sem uma companhia é aceitável sempre e quando for feito uma análise das vantagens e desvantagens da solteirice.

"Antes, o matrimônio era quase que uma obrigação. Por isso, aqueles que não se casavam eram perseguidos. Isso implicava em uma classificação de que tal pessoa tinha má sorte na vida. Hoje em dia, essa visão mudou radicalmente e se considera simplesmente como uma pessoa que quer permanecer solteira", explica Thamar.

Em geral, alguns solteiros têm ciúme de sua privacidade. "A solteirice é uma boa opção para quem é ativo, independente, gosta de viajar, enfim, que atua com completa liberdade de ação. Ou ainda para quem se considera infiel e prefere ser solteiro para ter múltiplos parceiros sexuais", opina a psicóloga.

Desilusões do amor
Diferente é o caso em que se opta pela solteirice, pois não foi encontrado alguém que corresponda às expectativas. Esse é o caso de María José, 30 anos, que está resignada a ficar sozinha. "A pergunta que me faço é onde estão os homens, já que me encontro sempre com muitos gays e tipos que não valem a pena", diz María.

A psicóloga Thamar Álvarez convida a todos que acreditam ter má sorte para que se auto-examinem. "A aproximação deve ser sempre uma ação motivada por uma atração real, pela compatibilidade de interesses e não apenas pela busca de uma companhia por medo da solidão", explica.

A especialista acrescenta que é preciso ter paciência, não se desesperar e continuar exigente. "Encontrar a pessoa ideal não é fácil e, quando isso ocorre, é preciso ter em mente que esse ser não é perfeito, é de carne e osso e possui virtudes e defeitos".

Por isso, se você tomou a decisão de permanecer solteira, e está convicta de que isso é o melhor, deve seguir adiante. Só com o tempo poderá saber se a decisão foi ou não equivocada. E, como tudo na vida, esta situação também não precisa ser necessariamente definitiva. O amor pode lhe surpreende e fazer com que todas suas crenças sejam esquecidas.

Um comentário:

  1. Ficar solteiro é ruim, eu prefiro ter alguém pra ficar comigo, mas tem pessoas que não conseguem ficar com alguém, principalmente nos dias de hoje. Mas é, acho que ter alguém para amar é bem melhor.

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